Ingecom é um grossista de referência no ambiente da cibersegurança. Onde pensa que residem os
seus pontos fortes?
Os pontos fortes da Ingecom baseiam-se na sua equipa e nos seus fabricantes. O departamento técnico é fundamental para oferecer toda a cobertura necessária às tecnologias dos fabricantes que ainda não têm presença no país. O departamento comercial é composto por profissionais de diferentes origens – fabricantes, grossistas e integradores – o que enriquece a equipa e proporciona uma visão de 360 graus.
Outro ponto fulcral é o contacto direto que temos com os clientes finais, conhecendo em primeira mão as necessidades do mercado e ajudando o canal a detetar projetos.
Do mesmo modo, a introdução de tecnologias disruptivas, sendo a Ingecom uma extensão do fabricante no país. Tudo isto significa que os parceiros nos veem como um aliado com o qual podemos abordar projetos e não apenas como um mero fornecedor.
No ambiente de cibersegurança vemos muitos nichos de oportunidade, mas quais são os que funcionam melhor entre os integradores
da Ingecom?
Atualmente, dividimos a carteira em duas áreas: cibersegurança, que representa 95% do negócio, e Inteligência Cibernética, que contribui com os outros 5% e é um nicho emergente.
A transformação digital acelerada pela COVID e a filosofia do Trust Zero dependem de cinco pilares: o humano, o dispositivo, a rede, as aplicações e os dados. Além disso, há necessidades que já não são cobertas com soluções de segurança tradicionais, mas com tecnologias como a BAS, NDR, visibilidade e controlo de dispositivos IoT e OT, proteção de dados, gestão de identidade, monitorização de fontes…
Nos últimos tempos assistimos a uma explosão de novos vendedores no ambiente de cibersegurança. Como podem os parceiros certificar-se de que estão a selecionar as marcas que os ajudarão realmente a fazer negócio?
É difícil para um parceiro selecionar as marcas ideais quando não conhece todas as tendências do mercado. Aqui o papel da Ingecom é fundamental porque testamos e selecionamos fabricantes para fornecer aos parceiros a melhor solução. E não só oferecemos tecnologias, mas também apoio à sua volta para manter uma relação estável para além de um projeto específico.
Em 2021 comprou parte do Grupo MultiPoint para crescer internacionalmente. O que espera desta aquisição? Quais são os seus objetivos internacionais?
Nos últimos anos, temos estado imersos num crescimento significativo e aqui a internacionalização é fundamental. Ao adquirir parte do Grupo MultiPoint, quisemos apoiar os nossos parceiros e fabricantes numa determinada área geográfica em que não estávamos presentes e que é decisiva para o desenvolvimento dos seus negócios. Ingecom cobriu três países e, após a aquisição, estamos agora diretamente presentes em dez.
Olhando para 2022, que recomendações daria a um parceiro que nos está a ler? Onde se devem concentrar?
Concentrar-se principalmente na atenuação e minimização de potenciais ciberataques contra os seus clientes. Devem combinar soluções de segurança cibernética e de inteligência cibernética para prevenir e não apenas remediar quando um ataque ocorre.
Por outro lado, como é impossível ter um conhecimento profundo de um número infinito de soluções, o parceiro deve concentrar-se na especialização técnica num certo número delas, concentrando-se em pelo menos dois dos 5 pilares: Humano e Dados, sem negligenciar o resto.